Espetáculo destaca temas como deficiência e inclusão para crianças. A entrada é gratuita e os ingressos devem ser reservados pelo Meu Sesi
24/08/202216:38- atualizado às 13:47 em 15/09/2022
Babi é uma borboleta que nasceu sem asas. Certo dia, ela decide ir até o lago com as outras borboletas, mas elas a destratam por causa de sua deficiência. Ao decidir ir até o lago pela terra, ela conhece diversos outros insetos que a ajudam em sua trajetória, como a abelha Abel, o caramujo Magnólio e o vagalume Lamparino, entre outros, cada um com sua particularidade. O musical A Borboleta Sem Asas é uma obra de César Cavelagna, com dramaturgia de Marcos Ferraz, músicas de Marcos Okura, Ricardo Brunelli e Vinícius Loyola, direção musical de Vinícius Loyola e direção artística de Paula Flaibann e Bebel Ribeiro.
As apresentações no Teatro do Sesi Rio Preto acontecem nos dias 10 e 17 de setembro, às 15h. Os ingressos são gratuitos, mas é necessário reservar previamente através do sistema Meu Sesi.
A peça, que ganhou versão atualizada em 2019, foi criada em 1996 a partir de um desejo de César Cavelagna e Marcos Okura de discutir o assunto da deficiência com os pequenos. O sucesso da abordagem foi tamanho que A Borboleta Sem Asas ganhou duas montagens profissionais para o palco, uma delas da extinta Cia de Teatro Rock, de Ferraz, Okura, Fezu Duarte e Fábio Ock; uma montagem criada por estudantes ao fim de uma oficina de teatro e uma adaptação audiovisual para o programa Teatro Rá-Tim-Bum, da TV Cultura.
A nova versão, com direção assinada por Bebel Ribeiro e Paula Flaibann, aposta na proximidade com as crianças da nova geração. Para isso, algumas adaptações foram feitas, como músicas que flertam mais com o pop e a principal ocupação das borboletas que hostilizam Babi – se na versão original elas eram modelos, agora elas são digital influencers. “É uma versão da Borboleta para os anos 2020”, diz Marcos Okura, que acompanhou o processo de criação da peça como supervisor artístico.
O espetáculo é composto por dez músicas. O diretor musical Vinícius Loyola apostou em diferentes gêneros e referências que alcançam crianças e adultos. Pop, rock, tango, disco e axé integram a trilha sonora. Os figurinos de Juliana Sanches fogem do óbvio na representação dos insetos. “Não quisemos nada muito realista, há apenas alguns elementos do figurino que remetem ao inseto em questão, mas isso só se revela mesmo pela dramaturgia”, contam as diretoras.
O cenário, também assinado por Juliana, é simples e objetivo. Escadas, guarda-chuvas estilizados como flores e puffs em forma de cogumelos enfeitam o jardim que ambienta a história. As diretoras contam que as adaptações feitas no texto foram anotadas em tempo real para manter a dinamicidade da peça. “Uma piada que funciona hoje pode perder o sentido em pouco tempo, então fazemos atualizações a cada ensaio para que possamos manter a peça atual em todas as sessões e temporadas”, explicam as diretoras.
Para a equipe, as personagens da peça também trazem elementos humanos que podem gerar reflexões nos adultos e crianças sobre o respeito à diversidade. “O zangão é debochado e vaidoso, a abelha é muito trabalhadora, o caracol é um tipo apaixonado e o vagalume é um sábio”, contam as diretoras. Okura, único integrante que também faz parte da equipe original de A Borboleta Sem Asas, afirma que mesmo com todas as adaptações, a mensagem de acolhimento das diferenças e do entendimento que são elas que nos fazem únicos está mantida na peça. “Essas questões são atemporais e estão retratadas o tempo inteiro”, opina.
O Grupo
O Grupo Trapiche foi criado em 1986, pela atriz e produtora Vania Bastia – mulher empreendedora da periferia e a frente do seu tempo. Em sua história, mais de 40 montagens somadas no currículo, voltado ao público infantil, infanto-juvenil e adulto. Trapiche também foi um dos primeiros a estampar a ideia do projeto escola, percorrer toda a cidade de São Paulo e viajar pelo Estado tornando-se referência no segmento.
Ficha Técnica
De: César Cavelagna | Texto: Marcos Ferraz | Supervisão Geral: Marcos Okura | Direção Artística: Paula Flaibann e Bebel Ribeiro | Direção Musical: Vinícius Loyola | Cenário e Figurino: Juliana Sanches e Felipe Cruz | Elenco: Ana Bia Matos (Babi), Gabi Oliveira (Abel), Daniel Selles (Lamparino), Bruno Vaz (Zangão), Maísa Lacerda (Amélia), Fabio Fernandes (Magnólio) e Vanessa Abate (Hortência) | Elenco Alternante: Camila Mendonça, Marina Pavan, Renan Souza e Kauê Gibran | Diretora de Produção: Vania Bastian | Produtora Executiva: Nayana Gomes | Assistente de Produção: Renan Vinicius | Realização: Grupo Trapiche
Serviço:
Espetáculo: “A Borboleta Sem Asas”
Dias e horários: 10 e 17 de setembro, sábados, às 15h
Local: Teatro do Sesi
Endereço: Av. Duque de Caxias, 4656 – Vila Elvira
Entrada Gratuita
Reserve seu Ingresso: Meu Sesi.
Classificação Livre
Mais informações: riopreto.sesisp.org.br