1946: Nasce o Serviço Social da Indústria – SESI-SP com o papel de estudar, planejar e executar ações para promover diretamente a qualidade de vida e o bem-estar social
1948: surge o Serviço de Teatro do SESI, seção que intenta estimular a prática teatral amadora nas médias ou grandes empresas. Para dar liga aos chamados grupos dramáticos brotados em chãos de fábrica da capital e de cidades da Grande São Paulo, o SESI também contrata ensaiadores
1951: Osmar Rodrigues Cruz (1924-2007) ingressa na instituição e exerce a função de ensaiador de empregados da Rhodia, empresa do setor têxtil localizada em Santo André
1958: o SESI estima que 80 grupos amadores foram constituídos por funcionários em todo o Estado
1959: com a boa recepção de público às montagens, Osmar Rodrigues Cruz obtém aval da diretoria para estabelecer uma companhia, o Teatro Experimental do SESI, formado por amadores
1962: a boa repercussão de público e crítica às montagens estimulam a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) a promover a companhia do Teatro Popular do SESI (TPS). Esta circula por salas como o Teatro de Arte Israelita Brasileiro (TAIB), no Bom Retiro, e o Teatro Maria Della Costa, na Bela Vista, que abrigou o TPS com a montagem de A Cidade Assassinada, de Antônio Callado, que estreou no ano seguinte
1964: o laboratório amador torna-se a companhia estável do Teatro Popular do SESI, sonho acalentado e inspirado na experiência do diretor Jean Vilar (1912-1971), fundador do Teatro Nacional Popular (TNP), na França
1977: inaugurada a sede definitiva e homônima do Teatro Popular do SESI, junto ao edifício da Fiesp, na Avenida Paulista, 1.313, com a estreia do musical Noel Rosa: O poeta da vila e seus amores, tendo roteiro do santista Plínio Marcos (1935-1999) sobre a vida e a obra do compositor de Vila Isabel (RJ)
1985: com a chegada da forte retração econômica e o desemprego, a superintendência do Departamento Regional do SESI demanda à Divisão de Promoção Social (depois Divisão de Difusão Cultural), responsável pelo TPS e coordenada por Osmar Rodrigues Cruz, um programa que atendesse a crianças e adolescentes que não dispunham de atividade adequada para preencher o tempo ocioso, antes ou depois da escola
1987: cria-se então o primeiro NAC na cidade de Osasco, puxando a fila dos demais seis polos em Santos, Santo André e Sorocaba, além do bairro paulistano Cidade A.E. Carvalho, Mauá e Vila Leopoldina criou os Núcleos de Artes Cênicas — NACs nas unidades do Sesi-SP que tinham salas de espetáculos
1990: o programa é ampliado para as cidades de Araraquara, Campinas Amoreira, Franca, Marília, Mogi das Cruzes, Rio Claro e Vila das Mercês
1992: com a aposentadoria de Osmar Rodrigues Cruz, entre o final da década de 1980, Francisco Medeiros assume a Divisão de Difusão Cultural do SESI, e escala mentes e braços-chaves para revigorar o programa e demais ações do setor de artes cênicas. O professor, crítico de dança, ator e preparador corporal Acácio Vallim Júnior, até 1997, e a professora Sônia Machado de Azevedo
1994: nessa importante fase de consolidação do NAC, a tríade é formada com a diretora, pesquisadora e crítica Maria Lúcia Pereira (1949-2001), que atua até 1996
1996: o NAC chegou em mais três cidades do interior paulista, Birigui, Itapetininga e Piracicaba
2009: NAC São José do Rio Preto
2010: NAC em São José dos Campos e Ribeirão Preto
2015: mesmo sem uma sala de espetáculos na unidade, a criação do NAC Catumbi foi formalizada por conta da grande procura na região por atividades de artes cênicas
2017: o NAC Santo André migrou para a unidade de São Bernardo do Campo
Hoje, o trabalho desenvolvido pelos NACs, transformam pessoas e abre espaço para um diálogo permanente entre arte, cultura e educação. O NAC é peça-chave nesse processo de interiorização da cultura. É nítido que o serviço tornou-se um elemento estratégico de grande importância naquilo que hoje o SESI-SP consegue fazer em termos de difusão cultural, promovendo o senso de responsabilidade social e a vivência artística em si.
O teatro é a arte que proporciona esses momentos de descobertas, de emoções integradas da fantasia e realidade. O teatro é a arte do encontro e acontece no momento mágico em que artistas e públicos se reúnem para juntos imaginarem outros mundos.